Na reunião de Conselhos de Ministros do Império realizada no dia de 14 de março de 1860, no Palácio do Rio de Janeiro, o Imperador D. Pedro II concedeu os títulos de Barão de São Lourenço, de Cotegipe, de Tamandaré e da Vitória, a Franscisco Gonçalves Martins, João Maurício Wanderley, Vice-Almirante Joaquim Marques Lisboa e Tenente-General José Joaquim Coelho, todos com Grandeza,e em um único Decreto, referendado pelo Ministro do Império João de Almeida Pereira Filho.
A escolha do título conferido a Marques Lisboa foi decisão pessoal do Imperador, que explicou ao Conselho:
"Como sabemos senhores, Ministros, fiz uma viagem com o Almirante Marques Lisboa, quando visitei algumas Províncias do Nordeste, e já no regresso, aportamos à pequena e obscura enseada de Tamandaré, em Pernambuco, a fim de exmar os restos mortais de seu irmão Manoel, morto em Combate, heroicamente, quando lutava a favor dos republicanos da confederação do Equador, depois de haver se destacado pela bravura com que se empenhara na guerra da independência, na Bahia.
"Dando ao Almirante Marques Lisboa o título de Barão de Tamandaré, estarei ligando o seu nome à lembrança da viagem que fizemos e à saudade de um irmão que lhe é muito querido. POde referendar, Senhor Ministro, o ato que dá ao Almirante Joaquim Marques Lisboao título de Barão de Tamandaré".
Posteriormente foi Almirante Joaquim Marques Lisboa elevado a Visconde de Tamandaré, com Grandeza, em 18-02-1865;
Conde de Tamandaré, em 13-12-1887; e Marquês de Tamandaré, em 16-05-1888.
Lamenta-se que ao nobre, heróico, valoroso e intimorato Almirante não tenha sido conferida a elevação de Duque, dignidade que lhe era mais que devida, e merecida, para culminar a sua notável carreira na Marinha Imperial do Brasil.
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