Lenda : Salamanca do Jarau
O Serro do Jarau localiza-se ao norte da cidade de Quarai e pertence a Coxilha Geral de Sant’ana, na linha divisória do Uruguai.
Salamalanca é o nome duma cidade da Espanha, esta cidade foi o centro da magia dos árabes e hoje a palavra Salamanca significa “furna encantada”. O Curioso Serro do Jarau às vezes expele fumaça.
A LENDA DIZ
No serro do Jarau estavam escondidas todas as riquezas dos mouros, trazida da península Ibérica, pelos infiéis fugitivos.
As riquezas eram guardadas por uma princesa moura, misto de mulher e lagartixa.
A entrada da furna era vigiada por um índio, antigo sacristão das Missões.
O sacristão se tornou sacrílego (pecador) por motivo das tentações da princesa.
Eles ficaram presos até que fosse saudados (cumprimentados ) às vezes com as palavras:
Louvado seja Cristo.
Um dia um gaúcho os cumprimentou assim e o encanto foi quebrado, com uma grande explosão.
Os prisioneiros saíram da furna transformados em belos jovens que se casaram e trouxeram a descendência
INDÍGENO-IBÉRICA DO RIO GRANDE DO SUL E DO URUGUAI.
Tradicionalismo
É um sistema organizado e planificado de culto, prática e divulgação desse todo que chamamos de tradição. Obedece uma hierarquia, possui um alto programa contido em sua Carta de Princípios, que deve na medida do possível, realizar e cumprir. Tradição, comparativamente, é o campo das culturas gauchescas, Tradicionalismo é a técnica da criação, semeadura, desenvolvimento e proteção da suas riquezas naturais, através de entidades sociais praticantes desse culto. O Tradicionalismo é a arte de colocar em movimento as peças de uma tradição. E basicamente um movimento. O Tradicionalismo gaúcho é um estado de consciência que busca preservar as boas coisas do passado, com influência com o progresso, adequando esse procedimento à evolução por culto e vivência sem desvirtuar a origem.
CARTA DE PRINCÍPIOS Aprovada no VIII Congresso Tradicionalista -
1961 na cidade de Taquara
I. Auxiliar o Estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem coletivo.
II. Cultuar e difundir nossa História, nossa formação social, nosso folclore, enfim, nossa Tradição, como substância basilar da nacionalidade.
III. Promover, no meio do nosso povo, uma retomada de consciência dos valores morais do gaúcho.
IV. Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação que daí resulta.
V. Criar barreiras aos fatores e idéias que nos vem pelos veículos normais de propaganda e que sejam diametralmente opostos ou antagônicos aos costumes e pendores naturais do nosso povo.
VI. Preservar o nosso patrimônio representado, principalmente, pelo linguajar, vestimenta, arte culinária, forma de lides e artes populares.
VII. Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através da prática e divulgação dos hábitos, noção de valores, princípios morais, reações emocionais, etc.; criar em nossos grupos sociais uma unidade psicológica, com modos de agir e pensar coletivamente, valorizando e ajustando o homem ao meio, para reação em conjunto frente aos problemas comuns.
VIII. Estimular e incentivar o processo aculturativo do elemento imigrante e seus descendentes.
IX. Respeitar e fazer respeitar seus postulados iniciais, que têm como característica a absoluta independência de sectarismo político, religioso e racial.
XI. Acatar e respeitar as leis e os poderes públicos legalmente constituídos, enquanto se mantiverem dentro dos princípios do regime democrático vigente.
XII. Evitar todas as formas de vaidade e personalismo que buscam no Movimento Tradicionalista veículo para projeção em proveito próprio.
XIII. Evitar toda e qualquer manifestação individual ou coletiva, movida por interesses subterrâneos de natureza política, religiosa ou financeira.
XIV. Evitar atitudes pessoais ou coletivas que deslustrem e venham em detrimento dos princípios da formação moral do gaúcho.
XV. Evitar que núcleos tradicionalistas adotem nomes de pessoas vivas.
XVI. Repudiar todas as manifestações e formas negativas de exploração direta ou indireta do Movimento Tradicionalista.
XVII. Prestigiar e estimular quaisquer iniciativas que, sincera e honestamente, queiram perseguir objetivos correlatos com os do tradicionalismo.
XVIII. Incentivar, em todas as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio dos autênticos motivos regionais.
XIX. Influir na literatura, artes clássicas e populares e outras formas de expressão espiritual de nossa gente, no sentido de que se voltem para os temas nativistas.
XX. Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo todas as manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais.
XXI. Estimular e amparar as células que fazem de seu organismo social.
XXII. Procurar penetrar e atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente nos colégios e no seio do povo, buscando conquistar para o Movimento Tradicionalista Gaúcho a boa vontade e a participação dos representantes de todas as classes e profissões dignas.
XXIII. Comemorar e respeitar as datas, efemérides e vultos nacionais e, particularmente o dia 20 de setembro, como data máxima do Rio Grande do Sul.
XXIV. Lutar para que seja instituído, oficialmente o Dia do Gaúcho, em paridade de condições com o dia do Colono e outros “Dias” respeitados publicamente.
XXV. Pugnar pela independência psicológica e ideológica do nosso povo.
XXVI. Revalidar e reafirmar os valores fundamentais da nossa formação, apontando às novas gerações rumos definidos de cultura, civismo e nacionalidade.
XXVII. Procurar o despertamento da consciência para o espírito cívico de unidade e amor à Pátria.
XXVIII. Pugnar pela fraternidade e maior aproximação dos povos americanos.
XXIX. Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força social que lhe dê ressonância nos Poderes Públicos e nas Classes Rio-grandenses para atuar real, poderosa e eficientemente, no levantamento dos padrões de moral e de vida do nosso Restado, rumando, fortalecido para o campo e homem rural, suas raízes primordiais, cumprindo, assim, sua alta destinação histórica em nossa Pátria.
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